E foi ali na pracinha que tivemos a sorte de esbarrar com Mariângela Fassarella – que apelidamos carinhosamente de “prefeitinha de Burarama”. Ela nos apresentou o local, as histórias, os grupos e a potência que era o distrito. E foi assim, pela união de muitas mãos, que surgiu o Festival Cine.Ema.
“Sinto que plantamos em solo fértil! Burarama foi e é nosso refúgio onde tudo começou. Faz parte da nossa memória afetiva e afetuosa. Lugar ímpar de uma comunidade que nos acolheu desde o primeiro momento”, relembra Tânia Silva, diretora geral da Caju Produções e do Cine.Ema, destacando o sonho de criar um projeto que pudesse mudar a vida das pessoas.
O produtor cultural e sócio da Caju na época, Léo Alves, conta que o projeto foi todo pensado para a própria comunidade, de cerca de 2 mil habitantes, mas que acabou atraindo também um público externo de cidades vizinhas interessado em conhecer a região. “Queríamos criar um festival focado na questão ambiental, buscando valorizar, inclusive turisticamente, as riquezas naturais”, destaca.
Detinha nos instruía nas questões ambientais junto de Leonardo Merçon, dos Últimos Refúgios, que elaborou a parte de educação e sensibilização ambiental do festival. Ériton Berçaco veio com o nome (já traduzindo em literatura o movimento da Pedra da Ema), Wilson Ferreira trouxe a logo que nos acompanha até hoje. Ainda temos figuras importantes como Luanna Esteves, Geraldo Dutra, Filipe Ventura, Ilka Westermeyer e tantas mais que contribuíram ativamente para a construção do Festival!
Ao longo desses anos, o Festival Cine.Ema ganhou novos aliados e pôde voar mais longe, como é o caso do Grupo Águia Branca – que passou a abrigar o evento em sua Reserva Ambiental em Vargem Alta – e a Statkraft – que nos levou a Rive, distrito de Alegre.