Ao contrário do estereótipo, o cinema ambiental não é algo monótono, parado ou distante. Ele tá logo ali, na sua frente, em diversas obras que você nem imaginava! Isso porque cinema ambiental não é bem um gênero, mas uma forma de enxergar a interdependência das nossas vidas e com o planeta.
Então, desde a história do pai que tenta resgatar o filho em meio a um congelamento global até a aventura da menina que atravessa os corais para devolver o coração da deusa Te Fiti ou mesmo o peixe-pai que tenta salvar seu filho peixe-palhaço, tudo pode ser lido como cinema ambiental.
A produtora cultural Melina Galante – responsável pelo setor audiovisual do Cine.Ema – explica que os filmes (vistos no contexto do cinema ambiental) oferecem uma abordagem envolvente e crítica sobre a interdependência entre nossas vidas e o planeta, revelando como as questões ambientais afetam nossas vidas cotidianas, nossas comunidades e todos os seres vivos.
“A beleza do cinema ambiental reside em sua capacidade de humanizar as questões ambientais, tornando-as mais acessíveis e impactantes. As obras exibidas podem funcionar como fonte de questionamento e reflexão para o público, já que ele pode estar diante de um cenário retratado em tela que é similar ao do seu entorno e, a partir disso, passar a indagar sobre suas próprias vivências e situações”, explica a produtora.
E nessa de relacionar as nossas vidas com a natureza e com o próprio planeta, descobrimos o valor das pequenas histórias que constroem as identidades de cada localidade, do cuidado com a terra, a relação com as cachoeiras, das lembranças compartilhadas entre a comunidade que acabam se manifestando em artesanatos, pinturas, filmes, livros, músicas e em tantas outras linguagens. No Cinema Ambiental, nós entendemos que falar e preservar o meio ambiente é nos reconectar com nós mesmos e enriquecer nossos caminhos.