Nem só (mas também) de árvore vive o cinema ambiental

Talvez você já tenha pensado que os filmes no cinema ambiental estejam focados em árvores, animais, plantas, desastres ambientais ou devastação, mas a realidade não é bem assim

Ao contrário do estereótipo, o cinema ambiental não é algo monótono, parado ou distante. Ele tá logo ali, na sua frente, em diversas obras que você nem imaginava! Isso porque cinema ambiental não é bem um gênero, mas uma forma de enxergar a interdependência das nossas vidas e com o planeta.

Então, desde a história do pai que tenta resgatar o filho em meio a um congelamento global até a aventura da menina que atravessa os corais para devolver o coração da deusa Te Fiti ou mesmo o peixe-pai que tenta salvar seu filho peixe-palhaço, tudo pode ser lido como cinema ambiental.

A produtora cultural Melina Galante – responsável pelo setor audiovisual do Cine.Ema – explica que os filmes (vistos no contexto do cinema ambiental) oferecem uma abordagem envolvente e crítica sobre a interdependência entre nossas vidas e o planeta, revelando como as questões ambientais afetam nossas vidas cotidianas, nossas comunidades e todos os seres vivos.

“A beleza do cinema ambiental reside em sua capacidade de humanizar as questões ambientais, tornando-as mais acessíveis e impactantes. As obras exibidas podem funcionar como fonte de questionamento e reflexão para o público, já que ele pode estar diante de um cenário retratado em tela que é similar ao do seu entorno e, a partir disso, passar a indagar sobre suas próprias vivências e situações”, explica a produtora.

E nessa de relacionar as nossas vidas com a natureza e com o próprio planeta, descobrimos o valor das pequenas histórias que constroem as identidades de cada localidade, do cuidado com a terra, a relação com as cachoeiras, das lembranças compartilhadas entre a comunidade que acabam se manifestando em artesanatos, pinturas, filmes, livros, músicas e em tantas outras linguagens. No Cinema Ambiental, nós entendemos que falar e preservar o meio ambiente é nos reconectar com nós mesmos e enriquecer nossos caminhos.

Se você fosse inscrever um filme seu para passar no Festival Cine.Ema, que histórias você contaria da sua localidade?

As lembranças da sua avó do tempo que aqui era tudo mato?

A ausência de crianças brincando nas ruas atualmente? 

Ou será que aí você ainda tem aquelas vizinhas que botam as cadeiras de fora no fim de semana e ficam observando o tempo enquanto trocam conversas? (acredite, isso já não ocorre em muitas cidades)

O rio que não passa mais aqui? Ou o rio que você nem sabia que era rio porque transformaram num valão?

Das mulheres que pintam, desenham ou bordam as paisagens locais?

São muitas possibilidades! A verdade é que qualquer uma dessas temáticas (e de tantas outras) podem te levar longe na investigação. Certamente essas histórias vão se entrelaçar com as paisagens, a natureza e as características de cada local. Qual história você gostaria de contar?

Sumário
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Sumário
Revista Cine.Ema 5

01. Editorial: Estou de volta!

02. Amazônia: um vasto jardim milenar

03. Reconectar-se com a floresta

04. Click Brabo! Dicas de fotografia

05. Neurônios à la carte: a escolha dos alimentos molda seu cérebro

06. Biomimetismo: a natureza que transforma

07. Nem só de árvore vive o cinema ambiental

08. Os voos da Ema

09. Um click para o futuro

10. Missão impossível: cenas de uma câmera analógica

11. Quadrinhos: Antes do Fim

12. O futuro é agora!

13. Crônica: Luz, Câmera e... Reconexão!

14. A gente se vê no Cinema

15. Que monte de lei é essa?

16. Reciclagem começa dentro de casa

17. Você sabe como fazer uma animação?

18. Juntei meu lixo, e agora?

19. Dá para viver sem plástico?

20. Dicas para reduzir o plástico

21. Arte: Seja Raiz, Seja Caule, Seja Folha, Teça o Futuro, Reconecte-se!

22. A Fantástica Carpintaria