Cine.ON convida especialistas em cinema e documentários para bate-papos
Entre os dias 18 e 27 de outubro, o Cine.Ema convidou Sônia Bridi, Paulo Zero e realizadores audiovisuais para bate-papos online.
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Continue ReadingÉ aqui onde moro que tudo acontece,
Galos animados a manhã tecem.
Que cada dia que passe,
A natureza nos ensine seu amor.
Nós ensine a sua empatia,
Toda sua graciosidade e imensidão.
Nunca estamos sozinhos,
Sempre estamos acompanhados pelos raios de sol, a brisa fresca e o barulho dos passarinhos.
Alegres cantam voando de galho a galho.
A paz vem diretamente da nossa natureza.
Se a mesma é nossa, por que a querem arruinar?
Quando nosso maior dever seria apenas proteger e zelar.
Quem dera eu poder mudar o jeito dessa gente pensar,
Ensinaria com todo o prazer o jeito correto de enxergar.
A correnteza calma dos rios,
A agilidade das asas de um beija-flor.
E a tranquilidade em que cai as flores de um ipê.
Nas noites de chuva,
Que dure para sempre esse cheiro de terra molhada.
Para que floresça e cresça saudável toda sua diversidade.
Que a natureza nos ensine a sermos afáveis.
Nos ensine seu carinho,
Sua cor viva, toda sua originalidade em cada região.
Diz a lenda que em cerca de 1948, existia uma criatura, que era transmorfa e normalmente se passava por um grande peixe, essa criatura viva no Rio Doce, perto do morro do Ibituruna, em Governador Valadares – MG, ele ajudava o povo de lá, dando peixes para os moradores comer, até que o rio teve uma enchente e ele foi levado pela correnteza, e acabou apagando.
Quando ele acordou, já estava na foz desse mesmo rio, em Linhares – ES, mas a correnteza estava forte demais para voltar, então, ele tornou-se outro animal marinho, para ver se havia um rio por perto. Depois de um tempo, achou um rio, ainda sem nome, em Aracruz – ES. Não demorou muito para ter sido encontrado por índios que estavam no local. Na época, ele já tinha voltado a ser aquele peixe. Os índios acharam ele muito grande, e decidiram pescar ele, mas aí ele tentou fazer um trato: se ele toda semana pescasse outros peixes e desse para a população, ele seria poupado de ser pescado. Assim, o povo aceitou o trato.
Ah, o nome, como os índios o acharam muito grande, então, como peixe grande no idioma indígena local era piraqueaçu, então nomearam o rio de piraqueaçu, e, no rio, a pesca é fundamental.
Uma fonte muito bela…
Muita água sai dela!
Uns dizem que a água do cemitério vem,
Outros a bebem sem saber o que tem.
Mas no que acreditar?
Água dos mortos… será?
Só sei que enquanto em Santa Cruz eu morar,
Daquela água eu vou tomar.
Nessa fonte tem uma linda pintura
Que em cima dela está
É uma bela índia,
Que nunca deixarei de apreciar,
Nem toda história que ela tem para nos contar.
A Fonte do Caju nos faz muito bem
E encanta adultos e crianças também.
Vamos com carrinho dela cuidar,
E agradecer pelo que ainda virá!
Mas é preciso sempre lembrar,
Da água não desperdiçar
E a natureza salvar,
Pois sem ela, não existe um lar.
Isabela Gama Xavier
Há muito tempo existia uma árvore em um morro no centro de tudo, todos se perguntavam o que aquela árvore fazia ali, que ninguém cortava e nem ia colher nada. Até que um certo dia o povo daquele lugar fez uma reunião, e decidiram que iriam cortar aquela árvore sem motivo nenhum. Lá foram eles cortar aquela árvore tão bonita, de repente quando finalmente arrancaram a árvore tudo ficou escuro, as pessoas se assustaram se e perceberam que aquela árvore trazia a luz para eles, Tempos se passaram e eles continuavam na escuridão. Eles não entendiam que aquela árvore que trazia a luz para eles. Até que um jovem teve uma ideia.
– Porque a gente não planta outra árvore?Todos acharam a ideia dele muito boa. Todos foram ver no que daria, plantaram a árvore mais tudo continuava exatamente da mesma forma, voltaram para casa muito tristes e foram dormir, no outro dia amanheceu tudo Claro e Alegre. aprenda com essas pessoas, o que traz alegria é a natureza.
Paola dos Santos Gomes
Entre as perfeições da natureza
Ainda sim existe um mal
Que pode estragar toda beleza
Em um simples toque fatal
Diz a lenda que eles são conhecidos
E se juntam pra destruir o meio ambiente
Mas são sempre os enaltecidos
Até mesmo quando mentem
Todos têm nome e sobrenome
Endereço e propriedades
Afinal, foram eles que para terem tudo isso
Fizeram todas as maldades
Não sabem cuidar
Não sabem amar
Apenas devoram
Tudo que a natureza tem para nos dar
Acalmem-se, pois
O nome de tal criatura já vou lhes falar
Imagino que não acreditarão
E que para crer, terão que ver
O tal bicho, tão hipócrita
Não sabe valorizar
Não entende que pra sobreviver
Precisa dar para receber
Quando está no leito de nascimento
É uma criatura fascinante,
Pois do que é certo não tem discernimento
Então não pode ser errante
Mas esse bicho um dia cresc
E prevalece sua ganância
Porque tudo que suas mãos tocam, apodrece
Esse bicho é o homem… repleto de ignorância.
Amanda de Lima Peres
Em uma época onde o Brasil ainda era colonizado por Portugal, um frade que veio ao Brasil para catequizar os índios, conheceu uma índia, e foi por ela que ele se apaixonou. A pequena índia, que não falava português, não entendia sequer uma palavra dita por ele, e mesmo não o entendendo, ela se apaixonou por ele.
Em uma manhã a índia pegou um manto e se disfarçou, e sem que os outros índios a percebessem, ela levou o frade para o topo de uma colina, que se avistava o mar ao longe, os dois se beijaram, e o frade tentou lhe explicar o evangelho, mas a índia não entendia. Então o frade teve uma ideia, ele pegou uma pedra e disse: -Pedra. A pequena índia entendeu e disse: -Pedra. Então ele apontou para o mar e disse: -Mar. Aí a índia apontou e disse: -Mar. Então ele apontou para o céu e disse: -Deus. A pequena índia apontou para o céu e disse: -Tupã. Então ele repetiu: -Deus. E ela insistiu: -Tupã. – Deus! Gritou o frade. – Tupã! Gritou a pequena índia chorando, pois percebeu que o frade não acreditava em seu Deus, ela não queria amar alguém que não acreditasse em Tupã.
E então naquele momento eles ouviram um forte estrondo na colina, e o frade gritou: -Meu Deus! E a índia gritou: -Tupã! Os dois se transformaram em pedra, e formaram duas rochas, que hoje nós chamamos de “O Frade e a Freira”.
Nunca foi descoberto o porquê eles foram transformados em rochas, e não se sabe quem ou o quê os transformou.
Uma história vou lhe contar,
sobre um amor fora do normal.
Um amor de uma índia,
por um padre que veio de Portugal.
Com seu “proibido amor,
ficaram com medo de alguém descobrir.
E a índia, que estava prometida para outro,
infelizmente, teve que fugir.
Sob um belo luar,
a índia no Rio Itapemirim se jogou.
E o pai celestial,
teve paixão e os perdoou.
Transformou-os em pedra,
colocou-os em uma região montanhosa.
Hoje viraram uma paisagem,
bem conhecida e muito graciosa.
Lays Silva Santana
Muitas são as lendas que cobrem este lugar
Então venha cá, que irei lhe contar
Nossa história começa com a morte de um senhor, que tudo queria controlar
Pela fúria dos índios a luz do luar
Um pobre escravo viu seu senhor com o sangue a escorrer
Mas ele viu algo mais, algo que não deveria ver
Um sino do mais puro ouro que pode se querer
Então ele o enterrou lá
Com o sino ao lado de seu repousar
O sino ainda hoje está sob a pedra encantada
Logo acima, na pedra, uma Ema foi esculpida, formada
Pois sua alma ainda permanece lá
Esperando para voo alçar
Elisa Fassarella Pellanda
Uma história de Pedra Branca
A história deste lugar no território de Vargem Alta baseia-se em uma bela comunidade quilombola, localizada no interior de Vargem Alta, que chama muita atenção por suas belas matas, por ter abrigado muitos ex-escravos no passado e por abraçar não só a população negra como também a indígena, italiana, entre outras…
Esse local tem inúmeras pedras brancas que dão origem ao nome da comunidade quilombola.
Eu irei começar com a história do seu Arlindo, morador da comunidade no século XX, o mesmo iria fazer uma viagem muito longa sem contar a ninguém de sua família, esposa e filhos.
Essa história já foi contada em um filme da comunidade escrito por Sheila Altoé que reside na comunidade de Vargem Grande, no município de Vargem Alta.
Nesse filme, por coincidência, eu, Pedro Afonso, tive a alegria de participar encenando um personagem, o filho do seu Arlindo, o dono de um casarão muito antigo. Ter participado deste filme me fez voltar no tempo e fazer parte dessa história.
No casarão onde a família se hospedava, rolava um boato um tanto assustador, pois naquela mesma casa anos atrás vivia um dono de engenho chamado Garcia D’ávila, dono de uma legião de escravos nos anos 1784 a 1816, esse homem era muito temido pelo que fazia com seus escravos que eram desobedientes e não cumpriam suas ordens.
No ano de 1789, houve um castigo tão maldoso e impiedoso que depois do acontecido nenhum dos seus escravos ousava o enfrentar, um escravo cujo nome era Habib, o significado do nome em português é “meu amor”, não obedeceu a filha de Garcia pelo simples fato de ela querer mudar o nome dele para o nome de seu animal que tinha falecido meses atrás. Como Habib não concordava com a ideia, quando ela perguntava qual era o nome do mesmo ele sempre repetia:
– O meu nome é Habib.
Depois de repetir várias vezes, a filha chamou seu pai que estava dormindo dentro de sua casa e este no mesmo instante acordou e foi para fora ouvindo da filha o que estava acontecendo.
Em seguida, o pai foi para o porão da casa onde vivia todos os escravos, pegou um chicote e chamou todos os escravos, que permaneciam dentro do porão, para fora, depois de ter reunido todos de sua família e os seus escravos, Garcia amarrou Habib de costa para uma árvore, pegou o chicote e o espancou fazendo a simples pergunta:
– Qual o seu nome?
E o escravo respondeu :
– O meu nome é Habib. – Disse ele bem alto.
Depois de um longo tempo sendo espancado pelo dono e negando o nome que queriam dar a ele, Garcia tomou uma decisão que se Habib o desobedecesse outra vez ele deceparia sua cabeça no porão do casarão, onde então dormiam todos os escravos. de modo que perguntou pela última vez: ”Qual é o seu nome?”. E o escravo com as costas toda ferida respondeu pela última vez: ”O meu nome é Habib, esse é o nome que minha falecida mãe me deu e ninguém vai tirar isso de mim”.
Com a decisão tomada Garcia levou Habib ao porão, o amarrou em uma cadeira, tapou sua boca com um cano e foi pegar o machado mais afiado da casa para decepar a cabeça do mesmo na frente de todos.
Quando pegou o machado e o colocou ao lado da cabeça de Habib ele disse: “Essa é a sua última chance para se arrepender”. Habib pela última vez responde:
“Eu prefiro morrer do que negar quem eu sou e pode ter certeza eu vou amaldiçoar você e sua família até a última geração”.
Garcia ficou pasmo com a bravura do escravo, ele amarrou um lenço em sua boca e tirou-lhe a vida, todos ficaram chocados com o que o chefe tinha feito com Habib.
Meses depois foi ouvido gritos na casa de Garcia e quando chegaram lá, estavam ele e sua filha mortos, seus cadáveres em cima do tapete da sala e depois deste dia muitos diziam que Habib, o escravo falecido, havia matado os dois e que agora a casa era amaldiçoada pelo escravo e ninguém tinha coragem de pisar naquele casarão outra vez.
A lição de tudo isso é que nunca mude a pessoa que você é, honre sua família, sua cultura, sua história e sua gente. Até nossos dias se contam esse caso entre os moradores de Pedra Branca, um lugar onde olhar para sua paisagem é também olhar para suas histórias e aprender lições para toda vida.